Pesq. Vet. Bras. 37(8):853-858, agosto 2017
http://130.211.64.33/pdf_artigos/07-11-2017_16-15Vet%202451%20pvb-4500.R1%20PA.pdf
Abstract: Thoracolumbar vertebral fractures and luxations (VFL) are one of the most common
neurological disorders in veterinary neurology and one of the most serious and challenging
disorders due to the high risk of permanent paralysis, leading many dogs to be euthanized
without treatment due to the reports of unfavorable prognosis about ambulation
in animals that lost nociception. This study aimed to describe the neurophysiologic bases
responsible for the development of the spinal walking and examine in 37 dogs affected with
thoracolumbar VFL, data relating to the recovery rate of animals with and without nociceptionIn
those without nociception was analyzed the frequency of the spinal walking animals
that developed for its appearance, and the average period was established. Regarding the
degree of injury to recovery rates, 14/37 dogs (37.8%) had nociception, in which the rate
of recovery of voluntary ambulation was 100%. While 23/37 dogs (62.1%) lost the nociception,
where no voluntary ambulation was regained ambulation, occurred death from
various causes in seven of these. From 16 dogs without nociception and survivors who
underwent conservative or surgical treatment, five (31.25%) regained the ability to walk
without regaining nociception; this was attributed to spinal walking, where the average
time for their development was 115 days. According to the results of this study, the single
parameter of loss of the nociception should not discourage the therapy, as paraplegic dogs
with thoracolumbar VFL can develop involuntary ambulation.
Resumo: Fraturas e luxações vertebrais (FLV) toracolombares
estão dentre as afecções neurológicas mais frequentes
na neurologia veterinária. São um dos distúrbios
mais graves e desafiadores, devido ao elevado risco de
paralisia permanente, levando muitos animais a serem
submetidos à eutanásia, devido ao prognóstico desfavorá-
vel nos animais que perderam a nocicepção. Objetivou-se descrever as bases neurofisiológicas responsáveis pelo
desenvolvimento do caminhar espinal e analisar, em 37
cães acometidos por FLV toracolombares, os dados referentes
à taxa de recuperação dos animais com e sem nocicepção.
Naqueles sem nocicepção, analisou-se ainda a frequência
dos animais que desenvolveram caminhar espinal
e o período médio para seu aparecimento. Em relação ao
grau da lesão a as taxas de recuperação, 14/37 animais
(37,8%) possuíam nocicepção, no qual a taxa de recuperação
da deambulação voluntaria e das funções viscerais
foi de 100%. Enquanto que 23/37 animais (62,1%) perderam
a nocicepção, no qual nenhum recuperou a deambulação
voluntária, ocorrendo morte por causas diversas em
sete destes. Dos 16 animais sem nocicepção sobreviventes e que foram submetidos ao tratamento conservativo
ou cirúrgico, cinco (31,25%) readquiriram a capacidade
de caminhar (tempo médio de 115 dias) sem recuperar
a nocicepção, sendo esta deambulação involuntária atribuída
ao caminhar espinal. De acordo com os resultados
desta pesquisa, o parâmetro isolado da perda da nocicep-
ção não deve desencorajar a realização da terapia, pois em
cães paraplégicos com FLV toracolombares, há possibilidade
de ocorrer desenvolvimento de deambulação involuntária
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