http://www.pvb.com.br/pdf_artigos/26-12-2012_13-07Vet%201231_2488%20PA.pdf
Autores: Daniela Scapini Mendes e Mônica Vicky Bahr Arias
Abstract: Spinal cord injury is a common cause of neurological
dysfunction in dogs and cats. Lesions in these species are due to various types
of accident, which can cause sequelae that impair the patient for life as a
pet, or cause life-threatening injury. The main purpose of this work was the
accompaniment of animals with spinal cord trauma seen from August 2009 to November
2010 at the Veterinary Hospital of Universidade Estadual de Londrina, studying
the epidemiology and etiology, risk factors, spinal cord segments most
affected, outcome of conservative or surgical treatment, ratio of time of
patient care with recovery, efficacy and side effects of neuroprotective drugs,
complications, sequels and evolution of patients. During this period we
monitored 57 animals (48 dogs and nine cats). We observed a predominance of
males (68%) and indoors (79%). The main cause of injury was being hit by a car
(66%). The time between injury and first attendance was less than eight hours
in 42% of cases and more than a day in 51%. The spinal segment most affected
was the thoracolumbar (52%). Twenty animals were euthanized after the initial
attendance due to poor prognosis. The conservative treatment such as rest and/or external immobilization
was performed on 29 animals, and a good outcome was seen in 72.4% of this
patients: total functional recovery was observed in 17 (58.6%) animals and
partial functional recovery was seen in four (13.8%). Four animals did not
recover, and four animals died. Surgical treatment was performed in eight
patients, and three animals recovered, one patient did not recover and four
animals died or were subjected to euthanasia due to complications during
intraoperative or postoperative period. Conservative treatment was a viable
therapy, mainly in dogs with cervical
spinal cord trauma.
Resumo: O traumatismo da
medula espinhal é uma causa comum de disfunção neurológica em cães e gatos.
Lesões nestas espécies ocorrem devido a vários tipos de acidentes, podendo ocasionar
sequelas que prejudicam o paciente como animais de estimação ou lesões que
comprometam a vida. O objetivo principal deste estudo foi a monitoração
intensiva de animais com lesão medular atendidos entre 8/2009 e 11/2010 no
Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, estudando os fatores
epidemiológicos e etiológicos, fatores de risco, segmentos medulares mais
afetados, resultados dos tratamentos conservativo ou cirúrgico, relação entre o
tempo de atendimento e a recuperação do animal, eficácia e efeitos colaterais do
succinato sódico de metilprednisolona, complicações, sequelas e evolução do
quadro. Durante este período foram acompanhados 57 animais (48 cães e nove
gatos). Observou-se predominância de animais machos (68%) e domiciliados (79%).
A principal causa de lesão foi o atropelamento (66%). O tempo entre o trauma e
o atendimento foi menos de oito horas em 42% dos casos e mais de um dia em 51%.
O segmento medular mais atingido foi o toracolombar (52%). Vinte animais foram
submetidos à eutanásia após o atendimento inicial devido ao prognóstico
reservado. O tratamento conservativo com
repouso e/ou imobilização externa foi realizado em 29 animais e um bom
resultado com esta modalidade foi obtida em 72,4% dos casos: houve recuperação
funcional total em 17 (58,6%) animais e parcial em quatro (13,8%). Quatro
animais não se recuperaram e quatro animais vieram a óbito. Oito pacientes
foram submetidos ao tratamento cirúrgico, sendo que três animais
recuperaram-se, um paciente não apresentou recuperação e quatro vieram a óbito
ou foram submetidos a eutanásia devido a complicações no trans ou
pós-operatório. O tratamento conservativo foi viável, principalmente em cães
com lesão medular cervical.
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