Tratamento cirúrgico de meningoencefalocele congênita em cão – relato de caso
Surgical treatment of a canine congenital meningoencephalocele – case report
AUTORES:
ARAÚJO, B.M.1; SANTOS, C.R.O.2; SILVA JUNIOR, V.A.3; AZEVEDO, M.S4;
SILVA, A.C.4; FIGUEIREDO, M.L.5; TUDURY, E.A.6
1 Médico Veterinário (MV), Residente, UFRPE.
2 Graduanda em Medicina Veterinária, UFRPE;
3 MV, Professor, UFRPE;
4 MV, Mestranda, UFRPE;
5 MV, Doutoranda, DMV/UFRPE;
6 MV, Professor Associado II, UFRPE.
Meningoencefalocele é a protrusão do tecido encefálico e das meninges através de um defeito ósseo do crânio. Diretrizes para o tratamento ideal em cães não estão disponíveis, sendo o tratamento desta afecção adaptado da literatura humana, que recomenda a excisão cirúrgica do tecido herniado e o fechamento da dura-máter. O presente trabalho relata o procedimento cirúrgico de correção de meningoencefalocele congênita em uma cadela, Maltês, com dois meses de idade. Com o animal em decúbito esternal, cabeça elevada e fixa, mantendo-se alta a taxa de oxigenação e baixos níveis de CO2 e se evitando a compressão das veias jugulares, foi realizada incisão da pele com bisturi, através da qual foi feita a divulsão com tesoura de Metzembaum para expor e descolar do subcutâneo a dura-máter. Em seguida, por punção subdural, foram drenados dois mililitros de LCR de aspecto hemorrágico. Logo após, através da realização da durotomia, feita inicialmente com agulha hipodérmica 25x7 e concluída com tesoura oftálmica, foi exposto o tecido encefálico herniado. Para remoção deste, foi realizada uma ligadura em massa na base do mesmo, ao nível do defeito ósseo, com fio poliglecaprone e excisão do tecido sobressalente com tesoura oftálmica, sendo em seguida, realizada a hemostasia dos vasos cerebrais com eletro bisturi bipolar. Na síntese, suturou-se a dura-máter com poliglecaprone em pontos de Sultán, cobrindo-se as meninges mediante a sutura da musculatura temporal com pontos de Wolff. Na rafia cutânea, realizou-se remoção do excesso de pele, aproximação do tecido subcutâneo com sutura “zigue-zag”, todos com fio poliglecaprone e sutura da pele com fio de nylon em padrão isolado simples. A observação microscópica do tecido cerebral herniado identificou córtex cerebral, células piramidais, com alguns neurônios necróticos e outros vacuolizados mais meninges bem vascularizadas e congestas. A cirurgia realizada se mostrou simples e eficaz, uma vez que o procedimento cirúrgico ocorreu sem dificuldades e sem complicações trans e pós-operatórias, dando credibilidade aos autores que relatam que o tratamento cirúrgico realizado em humanos pode ser utilizado em cães.
SILVA, A.C.4; FIGUEIREDO, M.L.5; TUDURY, E.A.6
1 Médico Veterinário (MV), Residente, UFRPE.
2 Graduanda em Medicina Veterinária, UFRPE;
3 MV, Professor, UFRPE;
4 MV, Mestranda, UFRPE;
5 MV, Doutoranda, DMV/UFRPE;
6 MV, Professor Associado II, UFRPE.
Meningoencefalocele é a protrusão do tecido encefálico e das meninges através de um defeito ósseo do crânio. Diretrizes para o tratamento ideal em cães não estão disponíveis, sendo o tratamento desta afecção adaptado da literatura humana, que recomenda a excisão cirúrgica do tecido herniado e o fechamento da dura-máter. O presente trabalho relata o procedimento cirúrgico de correção de meningoencefalocele congênita em uma cadela, Maltês, com dois meses de idade. Com o animal em decúbito esternal, cabeça elevada e fixa, mantendo-se alta a taxa de oxigenação e baixos níveis de CO2 e se evitando a compressão das veias jugulares, foi realizada incisão da pele com bisturi, através da qual foi feita a divulsão com tesoura de Metzembaum para expor e descolar do subcutâneo a dura-máter. Em seguida, por punção subdural, foram drenados dois mililitros de LCR de aspecto hemorrágico. Logo após, através da realização da durotomia, feita inicialmente com agulha hipodérmica 25x7 e concluída com tesoura oftálmica, foi exposto o tecido encefálico herniado. Para remoção deste, foi realizada uma ligadura em massa na base do mesmo, ao nível do defeito ósseo, com fio poliglecaprone e excisão do tecido sobressalente com tesoura oftálmica, sendo em seguida, realizada a hemostasia dos vasos cerebrais com eletro bisturi bipolar. Na síntese, suturou-se a dura-máter com poliglecaprone em pontos de Sultán, cobrindo-se as meninges mediante a sutura da musculatura temporal com pontos de Wolff. Na rafia cutânea, realizou-se remoção do excesso de pele, aproximação do tecido subcutâneo com sutura “zigue-zag”, todos com fio poliglecaprone e sutura da pele com fio de nylon em padrão isolado simples. A observação microscópica do tecido cerebral herniado identificou córtex cerebral, células piramidais, com alguns neurônios necróticos e outros vacuolizados mais meninges bem vascularizadas e congestas. A cirurgia realizada se mostrou simples e eficaz, uma vez que o procedimento cirúrgico ocorreu sem dificuldades e sem complicações trans e pós-operatórias, dando credibilidade aos autores que relatam que o tratamento cirúrgico realizado em humanos pode ser utilizado em cães.
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