Este Lhasa Apso de 6 anos ficou paraplégico subitamente, 24 horas antes do atendimento. O exame clínico está normal, e o exame neurológico está no vídeo (nervos cranianos normais, não mostrados).
1) Qual a localização da lesão (síndrome)?
2) Qual a lista de diagnósticos diferenciais e a suspeita principal?
c) Quais os exames indicados para confirmar ou excluir suas suspeitas?
1)Este paciente possui uma síndrome toracolombar (T3-L3). Justifica-se pela paraplegia com reflexos segmentares presentes indicando uma lesão de neurônio motor superior.
ResponderExcluir2)Avaliando a resenha clínica (Paciente de raça condrodistrófica de 6 anos), o histórico de sinais agudos de paraplegia, somados ao exame neurológico que revela um reflexo cutâneo do tronco presente a partir da região torácica caudal com presença de dor durante a palpação epaxial nesta mesma região, a minha principal suspeita é de doença do disco intervertebral (DDIV) do tipo I.
Diagnóstico diferencial de paraplegia aguda:
•Trauma
•Tromboembolismo fibrocartilaginoso (A paraplegia normalmente é assimétrica e após 24 horas do início dos sinais não é mais detectada dor epaxial).
•Meningoencefalite granulomatosa
•Cinomose
•Erliquiose
•Criptococose
•Toxoplasmose
•Discoespondilite
•Neoplasia
•Infarto isquêmico
•Migração parasitária
3)A radiografia simples da região toracolombar poderia descartar algumas lesões grosseiras como fraturas e luxações vertebrais, mas não é o exame mais indicado para diagnosticar a DDIV. A mielografia serviria para confirmar a provável extrusão do disco e conseqüente compressão medular extradural. O LCE deveria ser analisado, submetido ao exame direto, cultura bacteriana e fungica para descartar as causas inflamatórias e infecciosas do diagnóstico diferencial.
Obs. Se fosse possível realizar uma TC ou uma RM, estes exames logicamente seriam a primeira escolha para confirmar uma lesão compressiva da medula espinhal.