27 de jun. de 2007
DOENÇAS DA MENINGE E MEDULA ESPINHAL - aula cirúrgica
• Meningite :inflamação da meninge. Pode ter causa infecciosa ou inflamatória. Ocorre dor, sem sinais neurológicos. Há desconforto e rigidez da musculatura paraespinhal, diminuição da mobilidade vertebral, febre, andar rígido
•mielite: inflamação da medula, usualmente sem dor
•meningomielite: inflamação da meninge e medula
•meningoencefalomielite: acometimento das meninges, encéfalo e medula espinhal
MENINGITE/VASCULITE
• Acomete Beagle, Bernesiano, Pointer Alemão
•Necrose fibrinóide dos vasos e periarterite em meninges, infiltrado perivascular e meníngeo por mononucleares s neutrófilos
•Afeta principalmente animais com menos de 12 meses
•Apresentam febre rigidez cervical, anorexia
–Em casos mais raros e graves pode haver paresia a tetraplegia
•Hemograma: neutrofilia
•Líquor: pleocitose e aumento de proteínas
•Auto imune?
•Tratamento realizado com Corticóides
•Podem ocorrer recidivas
MENINGITE RESPONSIVA A ESTERÓIDES
•Meningite supurativa de origem desconhecida
•Afeta principalmente raças grandes, com menos de 2 anos
•Febre e dor cervical
•Hemograma: neutrofilia
•Líquor: pleocitose neutrofílica e aumento de proteínas
•Não apresentam doença sistêmica como hipotensão ou choque.
•Não responde a antibioticoterapia
•Tratamento com corticóides
–Prednisona, 2 a 4 mg/kg/dia, 1 a 2 semanas, redução gradativa
MIELOPATIA DEGENERATIVA
• Degeneração progressiva e lenta dos axônios e mielina da medula espinhal
• Causa desconhecida - várias etiologias já foram propostas
• Pastor alemão mais predisposto
– Outras raças e gatos também podem ser acometidas
• 4 a 14 anos – média 9 anos
• Lentamente progressivo
• Ataxia, paresia, sem dor
• Observa-se Síndrome toracolombar simétrica bilateral
• Radiografia, TC, mielo e RM – NDN
• Líquor- aumento proteínas
• Não há tratamento e o prognóstico é reservado
INFARTO FIBROCARTILAGINOS0
• Necrose isquêmica aguda da medula espinhal
• Êmbolo fibrocartilaginoso – disco?
• Raças grandes – 3 a 5 anos, machos
• Início agudo, após exercício, pode haver dor no início
• Qualquer segmento medular pode ser afetado
• Ataxia , para, tetra – paresia/plegia, mais comum haver lesão assimétrica
• Radiografia – NDN
• Mielografia
– Edema no início
• Líquor variável
• Tratamento
– SSMP (solumedrol) – até 8 horas após a lesão - controvérsias
– Fisioterapia
– manejo
25 de jun. de 2007
SÍNDROME DE WOBBLER
Os sinais clínicos refletem a lesão medular e/ou radicular: Pode haver andar cambaleante, mais acentuado nos membros pélvicos, ataxia progressiva, paresia. Em casos graves ocorre tetraparesia. A dor cervical nem sempre está presente. Há ainda atrofia nos membros torácicos nos casos crônicos. Os sinais decorrem da lesão da coluna cervical caudal e conseqüente lesão da medula e/ou raízes, sendo que no Dogue as vértebras C4-C6 são as mais afetadas, enquanto que no Doberman a doença afeta mais comumente as vértebras C5-C7
Embora as alterações clínicas e a raça sejam sugestivas da doença, é importante realizar exame clínico e neurológico completo. Outras doenças devem ser consideradas, incluindo as neurológicas e não neurológicas.
Neurológico: Disco, Neoplasia, Neoplasia plexo braquial, Neurite do plexo braquial, Polimiosite, Discoespondilite, Meningite, Fratura/luxação, Embolismo fibrocartilaginoso
Não neurológico: Displasia coxo femoral, Ruptura de ligamento cruzado, Fraqueza generalizada, Hiperparatireoidismo nutricional, Poliartrite
•Radiografia simples (sob anestesia): Podem ser normais dependendo do tipo de lesão
•Mielografia (é essencial). Sempre coletar líquor para exame (antes da mielo), caso a mielografia seja normal , o material já terá sido coletado e não sofrerá interferência do contraste administrado. A mielografia é útil para definir o local e número de vértebras afetadas, a localização da lesão dentro do canal, o grau de compressão e a ocorrência de compressão dinâmica. Realizar a mielografia em 4 posições (lateral neutra, lateral flexionada, lateral estendida e ventro dorsal). Isto é importante para diferenciar entre lesões estáticas das dinâmicas
O tratamento médico da ECC, basicamente através do uso de antiinflamatórios e repouso, promove melhora temporária, pois a ECC é uma doença crônica progressiva. Se houver piora do quadro, dor ou tetraparesia, o tratamento cirúrgico poderia ser considerado.
Tratamento cirúrgico: A maioria das técnicas existentes descomprimem a medula e estabilizam as vértebras cervicais com uma taxa de sucesso em torno de 70 a 80 % .
Para promover a descompressão medular nas lesões estáticas, podem ser utilizadas técnicas de descompressão ventral através de slot e fenestração e descompressão dorsal através de laminectomia, escolhidas de acordo com o resultado da mielografia. As técnicas de distração, estabilização e fusão das vértebras cervicais alinham os corpos vertebrais até que ocorra a fusão, sendo esta promovida pela remoção do disco e aplicação de enxerto ósseo.
SÍNDROME DA CAUDA EQÜINA
• Doença neurológica ocasionada pela estenose congênita ou adquirida do canal vertebral lombo-sacro, levando a estreitamento do canal medular, canal das raízes espinhais e forames intervertebrais
• Conseqüentemente há compressão, destruição ou deslocamento do cone medular, raízes espinhais L7, sacrais e caudais havendo alterações sensoriais, motoras e viscerais. Os animais podem apresentar dor à palpação e extensão da articulação lombosacra, paraparesia, atrofia da musculatura dos membros pélvicos, paresia da cauda, incontinência urinária e fecal, automutilação da cauda, períneo, genitália e membros.
CAUSAS da estenose lombo-sacra
• CONGÊNITAS
– Espondilolistese, má-formação vertebral, espinha bífida, estenose congênita,raças pequenas e médias
• ADQUIRIDAS
– Infecção, neoplasia, fratura/luxação, doença do disco, degenerativo
Fisiopatologia - degeneração
Causa desconhecida, movimento anormal na articulação, microtrauma acumulativo, substituição do tecido, osteofitos, degeneração do disco, alteração no forame, estenose, compressão
• Conseqüências
– Hérnia dos discos intervertebrais, má-alinhamento lombo-sacro
– hipertrofia do anel e ligamento dorsal
– hipertrofia do ligamento amarelo, artrose das articulações vertebrais verdadeiras
– exame ortopédico e neurológico
– exame radiográfico:
• radiografias simples
• radiografias dinâmicas
– mielografia dinâmica
– epidurografia dinâmica
– discografia
– (MRI, TC) se diponíveis
• Mielopatia degenerativa do PA
• displasia coxofemoral
• necrose asséptica da cabeça do fêmur
• ruptura do ligamento cruzado
• dor abdominal:
– prostatite, pielonefrite
– conservador
• dor: repouso, anti-inflamatórios, antibióticos se houver discoespondilite
• indicado quando há progressão dos sinais apesar do repouso, ou em caso de recidiva após tratamento médico, ou em caso de alterações neurológicas significativas
– CIRÚRGICO:Nos casos em que haja somente dor há 81% alívio, em até 6 semanas. Nos casos com alterações neurológicas mais graves a recuperação pode levar entre 8 e 30 semanas
22 de jun. de 2007
Subluxação Atlanto-Axial - aula de cirúrgica
•Congênito: A instabilidade atlanto-axial congênita, também conhecida como subluxação atlanto-axial congênita tem sido associada à agenesia, à malformação do processo odontóide, hipoplasia e má formação e rompimento dos ligamentos alares, apicais e transversos
•Trauma: pode ocorrer em qualquer idade e raça, após traumas graves
–Repouso e confinamento por 3 a 4 semanas
–Anti inflamatórios e analgésicos
–Imobilização cervical - Imobilização externa - 1 a 2 meses: A principal função da imobilização com um colar é limitar a movimentação da coluna cervical, permitindo a formação de tecido fibroso para estabilizar a articulação atlanto-axial.
–Pode ocorrer recidiva
CIRÚRGICO: O tratamento cirúrgico está indicado quando há disfunção neurológica moderada a severa ou quando a terapia conservadora não apresenta resposta. A cirurgia tem como objetivos a redução da luxação, descompressão medular e estabilização
–Acesso e técnicas
•Ventral- Fusão com parafusos ou pinos
•Dorsal- Fixação com fio de aço -técnica mais sujeita a complicações devido à lesão medular
13 de jun. de 2007
Doença do disco intervertebral - aula de cirúrgica
•Protrusão de disco engloba a hérnia de disco e a extrusão
•hérnia de disco: é o abaulamento sem ruptura, mais comum em raças não condrodistróficas, ocorre devido a degeneração fibrosa do disco intervertebral que sofre metaplasia fibróide - núcleo é invadido por fibrocartilagem, início tardio, acomete principalmente raças grandes
•extrusão de disco: ruptura do anel fibroso e saída de material do núcleo pulposo. Ocorre metaplasia condróide do disco intervertebral, é mais comum nas raças condrodistróficas, como o Dachshund, beagle, pequinês, Lhasa, Shih tzu, poodle, cocker, mas pode ocorrer em raças grandes. O disco sofre desidratação e o núcleo pulposo é invadido por cartilagem hialina e posterior calcificação. 60-70% dos discos estão calcificados em cães com mais de 2 anos, mas a calcificação do disco in situ não significa que a medula esteja comprimida, portanto atenção nos diagnósticos.
FISIOPATOLOGIA
•EFEITOS
–Os sinais dependem da força e velocidade com que o material se dirige ao canal medular e também quantidade e volume
–Pode ocorrer desde compressão e concussão até inflamação, hemorragia, edema
–Há uma série de eventos bioquímicos com liberação de prostaglandinas e tromboxana, causando isquemia. Ocorrem também alterações de membrana e aumento do cálcio intracelular e liberação de radicais livres
•GRAU DE LESÃO MEDULAR
Pode ser leve a fatal, pois pode ocorrer desde desmielinização leve a necrose irreversível da substância branca e cinzenta
A doença do disco afeta principalmente as regiões cervical e toracolombar, entretanto a sintomatologia e tratamento tem algumas diferenças de acordo com a região afetada, portanto serão abordadas separadamente
DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL TORACOLOMBAR
-85% dos casos de DDIV, 75% entre 3 e 6 anos, dor, ataxia, paraparesia súbita, paraplegia, retenção ou incontinência urinária
EXAME NEUROLÓGICO
Sistemático e completo - localizar a lesão
Diferenciar NMS de NMI
Avaliar função da bexiga
Avaliar sensibilidade
Lembrando que existem outras causas de SÍNDROME TORACOLOMBAR
- AGUDO: Trauma, Infarto/ embolismo fibrocartilaginoso, Meningite, neoplasias, Cinomose, MEG, Discoespondilite, Toxoplasmose/neosporose, Hemorragia
- CRÔNICO: Mielopatia degenerativa do pastor alemão, Hemivértebra, Espinha bífida,. Neoplasias
–1. dor
–2. ataxia, diminuição da propriocepção
–3. paraplegia
–4. paraplegia com retenção ou incontinência urinária
–5. idem 4 e perda da sensibilidade profunda
DIAGNÓSTICO
–exame de líquor: pode haver aumento de proteinas e leucócitos
–mielografia: é indicada quando não se visualiza material na radiografia simples, quando a lesão incompatível com exame, quando há possibilidade de realização de cirurgia descompressiva. Técnica que determina local correto em 85-97% dos pacientes
ESCOLHA DO TRATAMENTO
–tratamento médico x cirúrgico: Ainda há controvérsias quanto à melhor forma de tratamento, mas vários autores concordam que a cirurgia descompressiva é benéfica e promove recuperação mais rápida em 60 a 95% dos casos
•grau 1 e 2
–tratamento médico
–recidiva de dor ou ataxia - tratamento cirúrgico
•grau 3,4,5
–tratamento cirúrgico
–emergência
•perda da sensibilidade profunda
–taxa de recuperação = 25-76%
–após 48 horas = 5%
•Proprietário
–expectativa
–custos
TRATAMENTO CONSERVADOR
•Médico: grau 1 e 2 - CONFINAMENTO
–Repouso absoluto por 3 semanas: diminui inflamação, reabsorção do material e fibrose do anel rompido
–defecação, alimentação, micção
–Limpeza, local acolchoado, Fisioterapia
–Após as 3 semanas iniciais, retorno gradativo as atividades
–Anti-inflamatórios - cuidado!!!!!
–custo e local
- recuperação é lenta ou pode ser incompleta
–pode haver piora súbita
–33% de recidiva
NUNCA ASSOCIAR CORTICÓIDES COM ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES!!!
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Os objetivos do tratamento cirúrgico na DDIV são: a descompressão da medula espinhal, a remoção do material do interior do canal medular, a redução do edema, o alívio da dor e a prevenção de futuras extrusões. As técnicas descompressivas aplicadas na região toracolombar como a hemilaminectomia, mini-hemilaminectomia e laminectomia, e na região cervical como a hemilaminectomia e o “slot” ou fenda ventral, são usadas para remover o material do disco do interior do canal vertebral, principalmente em cães com alterações neurológicas severas, dor e presença de compressão diagnosticada na mielografia
PÓS OPERATÓRIO
•Determinante crítico do sucesso da cirurgia
•Analgesia por 48-72 horas
•Anti-inflamatórios não esteróides ou relaxantes musculares
•Esvaziamento vesical, manual ou cateterismo intermitente, até aparecer micção voluntária
•micção
–uso de fármacos que permitam a redução do tônus uretral e aumento da contratilidade do detrusor
–evitar cistite
•Decúbito, local acolchoado, limpeza
•Fisioterapia, massagem, exercícios
•suporte para locomoção
•Exames periódicos
PROGNÓSTICO
–Grau 1,2 e 3
• bom
–Grau 4: tratamento cirúrgico
• bom
–Grau 5, tratamento cirúrgico até 48 horas
• 50 % chance
•Exame neurológico preciso
•Cirurgia o mais rápido possível
•FENESTRAÇÃO?
–alivia a dor (discogênica)?
–não remove material do canal medular e não alivia compressão medular
–pode empurrar mais material para dentro do canal
DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL CERVICAL
–15 % dos problemas de disco em cães
–4 a 9 anos, agudo ou crônico
SINAIS CLÍNICOS
•pescoço rígido, cifose, espasmos musculares, anorexia, paresia, hemi, tetraparesia
•O aparecimento dos sinais pode ser agudo ou crônico, com ou sem progressão. Ocorre ainda relutância em se mover e rigidez ou flexão do pescoço, inclusive dificultando a alimentação, dependendo da altura do pote. Pode ocorrer ainda agressividade e alteração de comportamento, devido à dor e gritos
–sinal de raiz em membro torácico ( confunde com problema ortopédico) – o sinal de raiz é mais freqüente no envolvimento dos discos cervicais caudais
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: É importante lembra que a DOR CERVICAL pode ter várias origens, além da doença do disco:
•NÃO NEUROLÓGICA: Abscessos, miosite, corpo estranho, neoplasias em glândulas salivares, músculo...
•NEUROLÓGICA: INFECCIOSO/INFLAMATÓRIO (discoespondilite, ehrlichiose cinomose, toxoplasmose, neosporose, fungo, PIF MEG, meningites); •MÁ FORMAÇÃO (instabilidade atlanto axial, má formação atlanto-occipital); NEOPLASIA (vertebral, medular, raízes e meninges); TRAUMÁTICO (luxação e fratura)
As doenças vasculares como hemorragia medular e infarto fibrocartilaginoso podem causar tetraparesia ou hemiparesia e normalmente não há dor no pescoço. Muitas vezes os sinais são assimétricos, ou seja, um lado está mais afetado do que o outro.
–radiografias simples, sempre sob anestesia geral
•pode-se bservar diminuição do espaço, material no forame, colapso das facetas articulares, material calcificado no canal
–líquor
–mielografia
TRATAMENTO
•Depende do estágio da doença
–Se for episódio único e o animal apresenta somente dor realizar somente tratamento médico
–vários episódios de dor , animal já foi tratado com medicamentos e houve recidiva realizar descompressão cirúrgica
–dor e alterações neurológicas como ataxia moderada ou tetraparesia indica-se descompressão cirúrgica
TRATAMENTO MÉDICO
•dor e ataxia
–repouso por 3 a 4 semanas
–retorno gradativo a atividade
–anti inflamatórios
–nunca associar anti inflamatórios não esteróides com corticóides
•Indicações:
– O tratamento cirúrgico é indicado quando houve falha do tratamento médico ou as alterações neurológicas são graves ou progressivas , ou quando há dor intratável
•objetivos: descomprimir medula ou raiz: promove alívio da dor e restaura função normal.
•técnicas
–descompressão ventral (slot)
–laminectomia ou hemilaminectomia
•SLOT VENTRAL
–alterações neurológicas, evidências de compressão medular na mielografia, permite entrar no canal
–promove descompressão e retirada do material
–Micção, defecação
–Controle de infecções secundárias, Fisioterapia, Local acolchoado, Mudar decúbito, Manter limpo e seco
5 de jun. de 2007
EXAMES COMPLEMENTARES EM NEUROLOGIA
É a injeção de contraste iodado não iônico no espaço subaracnóide através da cisterna cerebelomedular e vértebras lombares, para delinear a medula espinhal,
Técnica invasiva que não é inócua e o clínico deve minimizar os riscos com a experiência e atenção com detalhes .
INDICAÇÕES:
- exame neurológico indica lesão medular mas não há alteração na radiografia simples
- exame neurológico não condiz com achado radiográfico
- há mais de uma lesão nas radiografias simples
- estudo dinâmico
- indicação precisa das compressões (tipo de procedimento)
- Mas a principal pergunta que deve ser respondida é:
O DIAGNÓSTICO VAI ALTERAR O TRATAMENTO OFERECIDO AO PACIENTE?
SEMPRE REALIZAR EXAME NEUROLÓGICO MINUCIOSO, para uma correta localização da lesão, determinação da severidade e prognóstico
NÃO INDICADA:
- Risco na Anestesia geral
- aumento da pressão intra-craniana (trauma, neoplasias, abscessos )
- lesão medular ou piodermite no local da punção
- Pacientes com problemas de coagulação
- pacientes desidratados
- Doença inflamatória do SNC
- bacteremia ou viremia
RISCOS: Anestesia, contaminação e meningite bacteriana, hemorragia - problemas de coagulação, hérnias, lesão neurológica severa - penetração da medula
EFEITOS ADVERSOS : Convulsões , Fasciculação muscular, hipertermia, apnéia, Vômitos, Hiperestesia, rigidez cervical, Piora do quadro neurológico
TÉCNICA: trabalhe sempre em equipe, hidratação, anestesia geral , sonda endotraqueal, tricotomia, assepsia rigorosa, posição correta, material adequado
Punção na Cisterna Magna
- VANTAGENS:introdução da agulha é mais fácil, maior quantidade de líquor, menos contaminação com sangue
- DESVANTAGENS: lesão ao bulbo ou medula, perigoso se houver aumento da PIC, necessário manter paciente inclinado, pode não ser diagnóstica (lesão compressiva severa)
- VANTAGENS: fluxo de contraste é melhor, é indicada nas lesões toracolombares severas ou quando há risco na punção cisternal
- DESVANTAGENS: introdução da agulha é mais difícil, ocorrem mais artefatos, coleta de líquor é mais difícil e pode vir líquor contaminado com sangue
ATENÇÃO: MEIOS DE CONTRASTE IODADO IÔNICO
Usados para arteriografia e urografia, causam morte imediata por parada respiratória se injetados no espaço subaracnóide.
Contrastes indicados:
Iopamidol (Iopamiron 300 ®) e Iohexol (Omnipaque 240 ou 300 ®) , Ioversol 320 (Optiray®)
INTERPRETAÇÃO: Avaliar todas as projeções e posições, diagnosticar a presença ou ausência de lesões compressivas, classificar a lesão, combinar com história e sinais clínicos, entender a anatomia e aparência radiográfica do contraste em vários locais
Fatores que interferem: volume de contraste inadequado e posicionamento incorreto
Extradural: Estreitamento ou ausência da coluna de contraste
-Disco
-hemorragia, coágulos
-fratura/luxação
-neoplasias
-congênito,-discoespondilite
-osteomielite
Intramedular : Afastamento da linha de contraste
-edema medular por trauma
-Hemorragia/hematoma
-Neoplasia
-MEG ou outras doenças inflamatórias
LEITURAS SUGERIDAS
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782002000300010
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782002000400029&lng=pt&nrm=iso
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782005000600018&lng=pt
- http://www.editoraguara.com.br/cv/ano5/cv26/cv26.htm#radio1