Carolina C. Zani , Paulo V.T. Marinho , Gabriel A.C. Diamante , Felipe A.R. Sueiro and Mônica V. Bahr Arias
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ABSTRACT: The aim of this study was to verify the presence of protrusion of the intervertebral disc (IVD)
causing compression of the spinal cord and/or roots of cauda equina in 30 dogs above seven
years of age with no evidence of previous neurological abnormalities. After the occurrence of
death or euthanasia, a laminectomy was performed from C2 to the sacral vertebra to verify the
presence of IVD protrusions. The protruded IVD were macroscopically graded according to
the Thompson scale, and the corresponding spinal cord segment was histologically analyzed
for nervous tissue compression. Of the 30 dogs, twelve (40%) presented disc protrusion, and
of these 12 dogs, seven (58%) presented more than one protruded disc. Disc protrusion was
observed in 3.2% (25/780) of all IVD evaluated. Of the six chondrodystrophic dogs, five (83%)
presented disc protrusion. Of the 24 nonchondrodystrophic dogs, seven (29%) presented
IVD protrusion. The site that showed the highest frequency of protrusion was L4-L5 (6/25)
followed by the L6-L7 region (3/25) and C6-C7 (3/25). Only two of the medullary segments
evaluated showed histological changes, with presence of focal lymphocytic infiltration and
multifocal mild hemorrhage in the gray matter. Under the conditions of this study, 40% of
dogs older than seven years old showed IVD protrusions without showing neurological
signs, with no abnormality of the nervous tissue in 92% of the evaluated segments. Thus,
the protrusion of the IVD in some dogs, can only be a finding of no clinical relevance.
Avaliação post mortem da medula espinhal
e de discos intervertebrais protrusos em cães sem
alterações neurológicas
RESUMO: O objetivo do presente estudo
foi verificar a presença de protrusão do disco intervertebral
(DIV) causando compressão da medula espinhal e/ou raízes
da cauda equina em cadáveres de cães, sem histórico de
alterações neurológicas. Para isso, após a ocorrência de óbito
ou realização de eutanásia em 30 cães com mais de sete anos
de idade, sem histórico de alterações neurológicas, foi realizada
a laminectomia entre C2 até a vértebra sacral para verificar
a presença de protrusões do DIV. Os DIV protrusos foram
graduados macroscopicamente quanto à degeneração segundo
a escala de Thompson, e o segmentos medular correspondente
à localização da compressão foi analisado microscopicamente
em busca de lesões compressivas ao tecido nervoso. Quarenta
por cento dos cães (12/30) apresentaram protrusão do
DIV, e destes, 58% (7/12) apresentavam mais de um DIV
protruso. A protrusão estava presente em 3,2% (25/780)
de todos os DIV avaliados. Cães de raças condrodistróficas
apresentaram protrusões em 83% dos casos (5/6) e raças
não condrodistróficas em 29% (7/24). O local que apresentou
maior frequência de protrusão foi L4-L5 (6/25), seguido da região L6-L7 (3/25) e C6-C7 (3/25). Apenas dois segmentos
medulares avaliados na histopatologia apresentaram alterações,
com presença de infiltrado linfoplasmocitário focal e hemorragia
discreta multifocal na substância cinzenta. Nas condições
do presente estudo, 40% dos cães com mais de sete anos de
idade apresentaram protrusões do DIV sem que houvesse
sinais neurológicos, com normalidade do tecido nervoso em
92% dos segmentos avaliados. Assim, a protrusão do DIV, em
alguns cães, pode ser apenas um achado sem relevância clínica