30 de jun. de 2012

DISCOESPONDILITE EM CÃES

É a infecção do disco intervertebral e das placas vertebrais terminais dos corpos vertebrais adjacentes. Comumente causada por bactérias e ocasionalmente fungos.

Etiologia: As bactérias se dirigem às vértebras usualmente pela via hematógena, com origem de outras partes do corpo, principalmente vindas do trato urinário, pele, cavidade oral e endocárdio.

Diagnóstico: pela história e sinais clínicos: cães de raças grandes são mais comumente afetados. É raro em gatos, mas pode ocorrer osteomielite vertebral, sem acometimento dos discos, decorrente de ferimentos externos.

Sinais clínicos: depressão, anorexia, febre, a dor intensa é o primeiro sinal. Pode haver emagrecimento progressivo. Dependendo da vértebra afetada pode haver rigidez, tetraparesia ou paresia, paraplegia em casos mais graves ou que tenham sido inadvertidamente tratados com corticóides!!!! No exame clínico procurar sinais clínicos como sopro, pois endocardite pode ser a fonte da infecção. Nos exames laboratoriais pode ocorrer no Hemograma: leucocitose e neutrofilia, a urinálise pode detectar foco de infecção (cistite)

No exame radiográfico realizado até 3 semanas após início dos sinais as radiografias podem estar normais. Os sinais radiológicos são: osteólise e proliferação, esclerose vertebral, encurtamento dos corpos vertebrais, espaço do disco diminuído e mais de um disco pode ser acometido, ou seja, procurar em toda a coluna. os locais mais comuns são L7-S1, T13-L1, L1-L2, C6-C7

Fazer também hemocultura e urocultura e caso o animal tenha sido usado para reprodução uma outra bactéria importante é a Brucelose

TRATAMENTO: envolve a antibioticoterapia agressiva e prolongada baseada nos organismos mais comumente envolvidos ou no resultado das culturas. As cefalosporinas são os antibióticos mais indicados. Ocorre melhora inicial em 48 horas. Se isso não ocorrer, rever o antibiótico. Outras opções são a amicacina, clindamicina e enrofloxacina. É importante manter o paciente em repouso absoluto para evitar fraturas patológicas e caso não haja melhora coletar material para cultura, inclusive fúngica, por cirurgia para então entrar com a medicação mais adequada. Se houve resposta adequada, realizar controle radiográfico a cada 4-6 semanas. O prognóstico é bom para cães com alterações leves e que caminhem, mas deve ser feito descompressão e estabilização nos casos severos com instabilidade vertebral. No caso de Brucella canis, lembrar que é uma zoonose, e o animal deve ser castrado para não ser reservatório da infecção e neste caso o antibiótico indicado é tetraciclina + aminoglicosídeos

Links:

http://rottweilerhealth.org/pdfs/sept_disko_betbeze_02.pdf

http://www.dcvets.org/surgical/Discospondylitis.pdf


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